terça-feira, 26 de maio de 2009
O que é o Talibã?
O Talibã é um grupo político que atua no Afeganistão e no Paquistão. A milícia tem origem nas tribos que vivem na fronteira entre esses dois países e se formou em 1994, após a ocupação soviética do Afeganistão (que durou de 1979 a 1989) e durante o governo dos também rebeldes mujahedins. Apesar de islâmico, esse governo era considerado muito liberal, deixando descontentes os muçulmanos mais extremistas. Assim, a milícia invadiu a capital Cabul e tomou o poder, governando o país de 1996 até a invasão americana, em 2001. Apesar de ter sido destituído do governo formal, o grupo continuou sendo influente. "Hoje, o objetivo do Talibã no Afeganistão é recuperar seu território e expulsar os invasores dos Estados Unidos e da OTAN", explica Reginaldo Nasser, coordenador do curso de Relações Internacionais da PUC-SP. Para tentar desestabilizar o inimigo, o grupo utiliza táticas de guerrilha e ataques de homem-bomba. Mas a característica principal do grupo é ter uma interpretação muito rígida dos textos islâmicos, incluindo proibição à cultura ocidental e a obrigação ao uso da burka pelas mulheres.Um dos maiores erros que o ocidente comete em relação ao Talibã é confundi-lo com os terroristas da Al Qaeda. "O Talibã é provincial, age apenas na sua região e não tem nada a ver com os ataques a países do ocidente", explica Nasser. Outra diferença entre as milícias é que a Al Qaeda é composta por árabes, enquanto o Talibã congrega indivíduos das tribos afegãs, a maioria deles da etnia pashtun. Porém, apesar das ideologias distintas, os dois grupos são aliados e se ajudam nas questões de logística, armas e dinheiro. Além disso, quando expulso de vários países, Osama Bin Laden, um dos fundadores da Al Qaeda, foi acolhido pelo Talibã no Afeganistão.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
O verde em perigo
O assunto não sai dos jornais: o Brasil está perdendo áreas verdes. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais estima que 17% da Floresta Amazônica tenha desaparecido do mapa aproximadamente 700 mil quilômetros quadrados, uma área em que caberiam os estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Mas não é só ela: 93% da Mata Atlântica não existe mais, e o cerrado encolheu 40% nos últimos dez anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os fatores que contribuem para esse quadro preocupante têm como origem a urbanização, o desmatamento para a abertura de estradas e a expansão da agropecuária.Além de causar o empobrecimento da biodiversidade e contribuir para a concentração de gás carbônico na atmosfera, o fim das formações naturais destrói o hábitat de insetos e outros animais, que se tornam vetores de doenças, e ameaça os mananciais.Na Amazônia, a devastação se intensificou na década de 1970, quando o governo estimulou a ocupação da Região Norte, incentivando a população de outras localidades a desbravar a floresta. Assim, estradas foram abertas para facilitar o acesso.
Já o cerrado tem na cultura de soja a principal causa de seu desaparecimento. A organização não-governamental Conservação Internacional estima que o Brasil pode perder essa formação vegetal até 2030 se o modelo de desenvolvimento do país for mantido. Mato Grosso concentra a maior área plantada. "A falta da mata original e o uso de agrotóxicos agridem os afluentes do Rio Amazonas que nascem ali, afetando a quantidade e a qualidade das águas", avisa o biólogo Mário Barroso, gerente da entidade.A Mata Atlântica, por sua vez, foi deteriorada pelos procedimentos usados na extração do ouro no início da colonização e, posteriormente, substituída por plantações de cana-de-açúcar e de café. Hoje a preocupação é a expansão urbana, especialmente na costa do Sudeste. Sem fiscalização, as áreas são preenchidas por propriedades irregulares, o que causa excesso de lixo, poluição dos mananciais, falta de água e exclusão social.
domingo, 24 de maio de 2009
O QUE CAUSOU A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL?
A causa da crise que vivemos foi o desequilíbrio na maior economia do mundo, os Estados Unidos. E os ataques de 11 de setembro têm a ver com isso. "Depois da ofensiva terrorista, o governo americano se envolveu em duas grandes guerras, no Iraque e Afeganistão, e começou a gastar mais do que deveria", diz Simão Davi Silber, professor do departamento de economia da Universidade de São Paulo (USP). Para piorar a situação, ao mesmo tempo em que o país investia dinheiro na guerra, a economia interna já não ia muito bem uma das razões é que os Estados Unidos estavam importando mais do que exportando. Em vez de conter os gastos, os americanos receberam ajuda de países como China e Inglaterra. Com o dinheiro injetado pelo exterior, os bancos passaram a oferecer mais crédito, inclusive a clientes considerados de risco. Aproveitando-se da grande oferta a baixas taxas de juros, os consumidores compraram muito, principalmente imóveis, que começaram a valorizar. "A expansão do crédito financiou a bolha imobiliária, já que a grande procura elevou o preço dos imóveis", diz Silber. Porém, depois disso, chegou uma hora em que a taxa de juros começou a subir, diminuindo a procura pelos imóveis e derrubando os preços. Com isso, começou a inadimplência afinal, as pessoas já não viam sentido em continuar pagando hipotecas exorbitantes quando as propriedades estavam valendo cada vez menos.
Nesse momento, faltou dinheiro aos bancos, que em um primeiro momento foram ajudados pelo governo americano. Só que, ao mesmo tempo, surgiram críticas a essa política de socorro aos banqueiros. Frente à pressão política, a Casa Branca decidiu que não ia mais interferir, deixando o banco Lehman Brothers quebrar. O fechamento do quarto maior banco de crédito dos Estados Unidos causou pânico e travou o crédito. Chegou a crise, que prejudica também o nosso país. "Sem crédito internacional, também diminui o crédito no Brasil, caem as exportações e o preço das nossas mercadorias aumenta o risco e a taxa de juros", explica Silber. O economista também afirma que as recessões são recorrentes, mas essa é maior do que de costume. "Uma crise dessa intensidade não é comum, a mais parecida com ela foi a de 1929", afirma Silber.
sábado, 23 de maio de 2009
O que são regiões insulares?
São áreas formadas por conjuntos de ilhas (ou seja, arquipélagos), que podem ser classificadas segundo três critérios:
Origem: artificiais ou naturais.
Localização: oceânicas (distantes da costa) e continentais (já estiveram ligadas ao continente e ainda estão perto da costa ou sobre a plataforma continental).
Formação: vulcânicas (constituídas pela lava de vulcões oceânicos), ilhas de corais (constituídas por recifes ou atóis), ilhas de barreira (criadas por depósitos de sedimentos), flúvio-marinhas (formadas por sedimentos levados pelos rios ao mar) e continentais litorâneas (com constituição geológica parecida com a do continente mais próximo). As artificiais são antrópicas, pois foram construídas pelo homem.