O conceito de geopolítica foi criado pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904) no final do século XIX. A geopolítica clássica é um instrumento da política externa de um país, baseado na valorização do espaço ou território como forma de exercer a hegemonia mundial.
Em outras palavras, a geopolítica de Ratzel afirmava que para a Alemanha ser uma potência e conquistar a hegemonia mundial deveria conhecer a fundo a geografia de outros países. Se estes apresentassem vantagens geoestratégicas, como, por exemplo, disponibilidade de recursos minerais e energéticos, deveriam ser anexados. Assim, aproveitando-se do momento histórico da Revolução Industrial, a geopolítica alemã pretendia anexar territórios ricos em fontes de energia, matéria-prima e mercados consumidores. Os idealizadores da política externa alemã da época acreditavam ser essa a fórmula para a Alemanha se tornar uma grande potência hegemônica, superando a Inglaterra e a França.
Esse expansionismo alemão foi um dos motivos que conduziram as potência européias à Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Ainda hoje, as potências mundiais desenvolvem sua política externa baseadas na geopolítica clássica de Ratzel.
A geopolítica brasileira começou somente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando a política externa se voltou para o fortalecimento da liderança do Brasil na América do Sul e para uma participação mais ativa no mundo.
A fim de atingir os objetivos dessa política externa, o governo brasileiro passou a investir na formação de profissionais qualificados para representar o país no exterior. Com esse intuito, em 1945 foi criado o Instituto Rio Branco, importante formador de cônsules e embaixadores que representam e defendem os interesses brasileiros em outros países.
Durante a Guerra Fria (1945-1991), a política externa brasileira caracterizou-se ora por aproximações com os interesses estadunidenses, ora por afastamentos que sinalizavam os desejos do país de trilhar um caminho próprio. A política externa brasileira não quer se chocar com os interesses da superpotência mundial, por outro lado não quer se submeter a eles.
A atual política externa brasileira não se baseia na anexação de territórios alheios ou no poderio militar, como defende a geopolítica clássica de Ratzel, para ampliar sua participação e influência no mundo. A geopolítica brasileira tem um enfoque contemporâneo, isto é, baseia-se na cooperação e no estabelecimento de parcerias que ofereçam vantagens comerciais ao país.
sábado, 30 de outubro de 2010
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Um comentário:
Amei!! muito obrigado
Eu perdi minha apostila e vc me ajudou muito com esse texto!!
bjs!
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