Com a Segunda Guerra Mundial, ficou evidente para os representantes europeus a necessidade de criar um acordo político que buscasse de alguma forma a integração dos países para reorganizar o mapa político europeu.
Alguns fatores determinaram tal necessidade:
1. A perda da hegemonia econômica, política e militar da Europa para outros países;
2. Os Estados Unidos, financiaram a reconstrução econômica da Europa Ocidental por meio do Plano Marshall, o que intensificou a influência política norte-americana nessa região.
Alguns países europeus começaram a temer que essa influência colocasse em risco a autonomia política do continente.
Por meio do Plano Marshall, os países europeus foram levados a criar uma organização centralizada que administrava e controlava a ajuda econômica fornecida pelos estadunidenses. Assim, surgiu, em 1948, Organização para a Cooperação Econômica Europeia (Oece). Foi uma das primeiras organizações que agruparam grande parte dos países da Europa Ocidental. A Oece ajudou a aumentar o comércio entre os Estados membros, introduziu acordos monetários e desenvolveu, em geral, a cooperação econômica de maneira concreta.
O primeiro passo para a criação da Comunidade Europeia foi dado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Robert Schuman, em uma declaração em maio de 1950. Com o Tratado de Paris, assinado em abril de 1951, surgiu a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Ceca). Seis países fizeram parte dessa união: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo (“Europa dos seis”).
Em março de 1957, como resultado da evolução da Ceca, houve a assinatura do Tratado de Roma que levou à criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE) e da Comunidade Europeia da Energia Atômica (Euratom). Com isso, buscava-se formar um mercado comum na Europa com os objetivos claros de abolir as tarifas alfandegárias e possibilitar a livre circulação de mercadorias, de serviços e de pessoas entre os países membros. Os países integrantes da CEE foram os mesmos seis que participaram da criação da Ceca.
Em 1973, o Reino Unido ingressou na CEE, juntamente com a Dinamarca e a Irlanda, formando então, a “Europa dos nove”. A Grécia aderiu em 1981, e Portugal e Espanha em 1986. Em 1992, foi assinado o Tratado de Maastricht, que permitiu aprofundar o papel da Comunidade e deu início ao que se denominou União Europeia (UE). Suécia, Finlândia e Áustria integraram o bloco em 1995, formando assim a “Europa dos quinze”.
Esse tratado efetivou, entre outras coisas o estabelecimento do mercado único; a adoção da moeda única, o euro; e a criação de um Banco Central Europeu. A moeda foi adotada pelos membros da UE em 1999, mas somente em maio de 2002 ela começou a circular. Além dos objetivos econômicos esse bloco buscou maior cooperação em outras áreas, como o ataque ao narcotráfico, a conservação do meio ambiente, etc. Em 1999, a cúpula da UE decidiu ampliar o número de integrantes, com o objetivo de reunir o maior número possível de países.
Em 2004, a UE apresentou seu maior crescimento, com a entrada de mais dez países. Passaram a fazer parte da instituição: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca. Em 2007 houve a adesão da Romênia e da Bulgária, elevando para 27 o número de Estados membros da UE. Nem todos os países da União Europeia utilizam o euro como moeda de troca. Até 2008, os participantes da zona do euro eram: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal. O Reino Unido, a Suécia e a Dinamarca não adotaram o euro por temer a perda da soberania de suas políticas monetárias.
sábado, 21 de maio de 2011
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