domingo, 15 de agosto de 2010

NORDESTE: ESPAÇO GEOGRÁFICO ATUAL

A economia nordestina apresentou, nas últimas décadas, um crescimento em todos os setores. Esse crescimento acompanha, a evolução econômica brasileira.
Esse crescimento, relaciona-se com o fato de o Nordeste vir se integrando cada vez mais aos mercados de outras regiões brasileiras e ao mercado externo.
O espaço geográfico do Nordeste conta com importantes áreas de produção agrícola irrigada, o que elevou muito a produção e a exportação da região.
Os setores que mais contribuem para o PIB são o da indústria e o de serviços.
Os setores secundário e terciário são os que empregam a maior parte da População Economicamente Ativa do Nordeste.
A partir dos anos 1990, muitas indústrias migraram dos pólos tradicionais para novos pólos de industrialização no país.
Alguns desses novos pólos, que oferecem vantagens às empresas, encontram-se na Região Nordeste. Os principais atrativos oferecidos pelos estados nordestinos aos investidores, além da isenção de impostos são:
1. Cessão de terrenos, desconto nos pagamentos de alguns produtos e serviços, como, por exemplo, fornecimento de energia elétrica, por parte dos governos dos estados e municípios;
2. Mão-de-obra barata, pois os salários pagos nas indústrias instaladas no Nordeste são inferiores aos praticados no Sul e Sudeste do país;
3. Proximidade dos portos e dos fornecedores e compradores internacionais europeus e americanos.
Algumas indústrias que migraram para o Nordeste, porém, usam tecnologias modernas e pouca mão-de-obra, fazendo com que o número de empregos diretos gerados não favoreça a maioria da população.
Além disso, os cargos de gerência são ocupados por funcionários vindos do Sul e do Sudeste do país.
Ainda assim, a instalação de indústrias faz crescer a economia do município onde se instala, já que a atividade industrial envolve outros setores, como os transportes, os serviços bancários, o comércio etc.
As indústrias que se instalam no Nordeste enfrentam a falta de mão-de-obra especializada.
Muitas empresas vêm investindo na formação e na qualificação de trabalhadores, o que se torna positivo para o crescimento da região.
No Nordeste o setor de serviços corresponde a 55% do PIB (dados de 2000).
Algumas regiões metropolitanas do Nordeste (Grande São Luís, Fortaleza, Natal, Recife, Maceió, Salvador) concentram atividades de serviços e de comércio.
Feira de Santana, por exemplo, é o segundo maior centro comercial da Bahia.
Na categoria serviços, uma das principais atividades desenvolvidas na Região Nordeste é o turismo.
As atividades turísticas se destacam não apenas nos centros urbanos, mas também em cidades menores, como Porto Seguro, na Bahia.
O principal atrativo do turismo no Nordeste são as praias, aliado ao fato de que o litoral dessa região está próximo do Centro-Sul do Brasil, bem como de países europeus e da América do Norte.
Além dos roteiros de praia, outras atrações movimentam as atividades turísticas do Nordeste, tais como a riqueza histórico-cultural e o turismo religioso.
Os governos do Nordeste também têm incentivado o turismo promovendo melhorias nas estradas e nos aeroportos; contudo, o turismo na região, também trouxeram alguns problemas.
Um dos principais problemas é a degradação ambiental, como o aumento da emissão de esgotos nas praias, o desmatamento e a destruição de manguezais para a instalação de grandes empreendimentos turísticos.
Nos últimos anos, os indicadores sociais do Nordeste (mortalidade infantil, expectativa de vida, escolaridade, entre outros) tiveram uma melhora, assim como os do Brasil como um todo.
Apesar da melhora conquistada nos aspectos sociais e econômicos, a região continua a apresentar profundas desigualdades e os mais baixos indicadores sociais do país.
Enquanto o Brasil possui 13,3% de analfabetismo entre pessoas de quinze anos ou mais, o Nordeste tem 26,6%, o dobro desse percentual.
A maior parte dos estados da Região Nordeste continua apresentando os piores indicadores sociais.
Entre os motivos que levam os aspectos sociais a ter esse desempenho, destacamos:
1. Concentração de renda e de terras nas mãos de poucos;
2. Aplicação inadequada dos investimentos públicos em benefício de latifundiários, empresários e políticos e não da maioria da população nordestina, principalmente a do Sertão.
Devemos lembrar que as demais regiões do país também apresentam desigualdades sociais, mas elas são mais marcantes no Nordeste.












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